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O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 GW de potência instalada de energia solar

O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 29 GW de potência instalada de energia solar fotovoltaica, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse número inclui usinas de grande porte (geração centralizada) e sistemas de produção própria de energia instalados em residências e empresas (geração distribuída).

Atualmente, o país conta com 8,53 GW na geração centralizada e 20,46 GW na geração distribuída (GD), o que representa um crescimento notável na capacidade instalada de energia solar fotovoltaica no Brasil. Somente em 2023, quase 5 GW de capacidade foram acrescentados, e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar) estima que o setor solar brasileiro deverá chegar a 34 GW de potência operacional ao final do ano.

Além disso, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), o Brasil instalou um recorde de 9,9 GW de energia solar em 2022, quase dobrando o resultado registrado em 2021. O país ficou em quarto lugar em acréscimo de capacidade, atrás da China, Estados Unidos e Índia.

A ABSolar afirma que projetos de energia solar de grande porte poderão gerar mais de R$ 90 bilhões em investimentos e 570 mil empregos no Brasil até 2026. O segmento de geração de energia solar de grande porte deverá atingir 12,4 GW ao final de 2023, sendo o principal responsável pelo crescimento do setor neste ano.

Por sua vez, a geração solar distribuída, que permite que consumidores produzam sua própria energia por meio de sistemas fotovoltaicos residenciais e comerciais, poderá trazer mais de R$ 86,2 bilhões em benefícios sistêmicos no setor elétrico até 2031. Isso ajudará a reduzir a conta de luz de todos os consumidores em pelo menos 5,6% no período.

A energia solar fotovoltaica tem ganhado espaço no Brasil por ser uma fonte limpa e renovável. Além disso, o país apresenta uma grande oferta de radiação solar, o que torna essa tecnologia especialmente viável. A geração distribuída também tem crescido, já que os consumidores estão cada vez mais conscientes da importância da sustentabilidade e da necessidade de reduzir os gastos com energia elétrica.

Esse avanço no setor solar é importante não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia do país. A geração de empregos e investimentos pode ajudar a impulsionar a recuperação econômica após a pandemia, além de melhorar a segurança energética do país, reduzindo a dependência de fontes de energia poluentes e caras.

No entanto, ainda há muito a ser feito para que a energia solar fotovoltaica se torne a principal fonte de energia do país. O setor enfrenta desafios, como a falta de investimentos em infraestrutura, a falta de incentivos fiscais para os consumidores e a instabilidade regulatória. Mas com políticas públicas adequadas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o setor solar pode se tornar uma fonte de energia mais acessível.